Segundo Tempo

Data 24/03/2015 04:01:47 | Tópico: Poemas

E de repente... (Não era a hora!)

Ela pediu um ligeiro poema
que eternizasse aquele momento.
Mas não havia nenhum cabimento!
E então me peguei num dilema:

Era como buscar fantasias!
Tendo perto o amor de verdade,
ignorar toda a realidade
para fazer amor na poesia!!!

Mas pediu com carinho a "malvada"
que mesmo queimando em desejo
fui com letras desenhar o beijo...
Vendo a boca tão perto molhada!!!

E seguiam perdidas as palavras
feito nau sem destino, sem porto,
pois só queria saber do seu corpo
minha mão que a caneta negava.

Mas fitando seus olhos faceiros,
que por Deus, posso crer! Não duvido!
Surpreende até o cupido
pondo a flecha no peito do arqueiro.

Eu vi todo o universo contido,
na aquarela da íris, estampado.
E atrás de um Sol, encantado,
encontrei o poema escondido!



(E... segundo tempo!)





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