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Data 26/03/2015 06:21:14 | Tópico: Poemas

Poemas sem título ou a breve mão que sangra desinteressada pela noite que a vinha fechar.
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desconstruo-me por esta noite que se fecha
enquanto longe divagas o teu olhar. Os ruídos
sossegam assimétricos ásperos por vezes
assim me amanheço quando os dias abrem janelas portas.

Quer-se algum equilíbrio nestas imagens exímias
enxames rodeando o respirar cego
o vogar no instante extremo desentranhado sem apelo ou agravo

rápido
conciso
vida nos limites do absurdo desenrolando braços e abraços
intermináveis e esquecidos
desnecessários
[como a pele reage]. Sussurram algumas fugas

desentranhadas
áscuas sem limites ao relento
remoinhos de vento norte assombrosos
indomáveis tentando reconstruir os despojos desta implosão breve
certeira
furiosa.

Destecem-se os casulos ao derredor
destecem-me

simplesmente.



(Ricardo Pocinho)




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