Cercas e cercanias

Data 29/03/2015 12:52:15 | Tópico: Prosas Poéticas

roupas balouçavam coloridas no varal.
o vento assoprando com carícia fazia a inocência sacudir e sorrir,

ora,

ela gargalhava balançando
braços e pernas,
como todas as roupas leves,
destituídas de impurezas
espalham odores de florais
no ar...

até surgir um tempo tempestuoso de pó
encardindo e derrubando a brincadeira
de fazer festa por simples fazer

ergueu-se um muro,
para proteger o varal
das maledicências
de quem mata risos

... mas todas as gargalhadas,
cores e perfumes ficaram aprisionados
enquanto o tempo, livre e impuro,
passeava lá fora.









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