• • • (II)
Data 31/03/2015 06:17:32 | Tópico: Poemas
| Poemas sem título passagens breves sangrando pouco a pouco por um milagre das rosas que sempre me habitou: “- São rosas, senhor, são rosas!” [vá-se lá saber a razão] ................... ..................................... ......... . . . .................................. ................................... ................................. . . . ......................................... *************************** *********************************
fechei à chave [a sete onze vinte e sete infinitas chaves] o local das cousas
escurecendo esse amontoado de alucinações [malditas] algumas longas loucas eternas outras breves escorregadias alimpas. Diz-me onde te inspiras?
respiro pelas cores perto de mim deslumbrado mesmo que anoiteça à deriva entre arquipélagos e ilhas frente à popa de um barco em destroços. Tira-me o mar de vez
interrompe o caos sucedâneo desmanchado retido num corpo desgastado pelo sal em maresia constante esquartejada desconhecida poiso a meio de um vale submerso sem acácias completas de universos.
diz-me em silêncio nos gestos incompreensíveis do vento forte [mesmo que tal não me importe iluda embebeda] das palavras que são imagens
e imagens tempestades breves retilíneas encurvando o ar onde as nereides se banham e tocam. Instantes fundem-se com a terra
mesmo aquela que se encontra afundada afinal nada é nosso não pertencemos a um mundo onde apenas estamos de passagem.
longe demasiadamente longe rebentam cometas e sóis procuras inexplicáveis faz-se tarde enquanto faço um nó corrido sorrindo da mão que sangra. Diz-me a que horas essa labareda é maior que ti mesma como num mar em mim que desaparece?
Refúgio.
(Ricardo Pocinho)
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