Dilema do poeta

Data 01/04/2015 18:56:35 | Tópico: Prosas Poéticas

Enamorei-me esta noite

dos teus raios enluarados

aprumei os dias com flores

perfumadas no teu sincero

quotidiano avassalador

assim possuído e arquitectado

em rasgos musicados

na partitura emoldurada

de sedução e eloquente clamor

Guardei com mestria

e decência

cada letra escrita

com tua anuência

ponderei recorrer das

ténues memórias

para encontrar a saciada

manhã

onde rompemos

todas as vertentes embriagadas

no dilema do poeta

versejando cada estrofe

em silêncios estendidos

no limite eufórico onde morre a madrugada

em prantos de generosidade

amor e cumplicidade

Atravessemos o escuro

onde não mais morre a solidão

conquistemos o enlevo onde planam

todas as liberdades indisfarçáveis

cingidas de delicias

e simplicidades

assim como resiste

tanta existência na perícia indelével

onde pernoita cada silêncio perpetuo

Sem demora esperemos ávidos

o perfumado canto vadio

no justo momento

onde deixamos os beijos sem demora

os acasos sem história

nossas vidas decoradas

nos umbrais envelhecidos

em misteriosas tranjectórias

endurecidas nas paisagens

celebradas em páginas

elegantemente decifradas

neste dialeto supremo onde

dilacero cada gomo de tempo

com minha poesia apaixonada

e sem malícia

apenas conveniente

comovida, consolada e conivente

FC - aos poetas, todos


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