
Ganância
Data 02/04/2015 19:21:24 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Visto-me confortavelmente de espírito humano doente, De projetil balístico que despiedoso mata, mutila….
Visto-me de rolo compressor para abrir caminhos Aos meus objetivos, atropelando tudo e todos
Visto-me de impudor, de atitudes antiéticas Para ultrapassar todas as fronteiras e limites Que sobrepõem aos meus vorazes desejos….
Visto-me de idolatria, euforia da conquista, do momento vazio ambicioso De sempre querer mais, mais e mais….
Visto-me de crueldade, prepotência E saio para me aproveitar da fragilidade dos mais fracos, Nesse estado de altiva arrogância fria, Egocentrismo, na rudez do caráter destrutivo….
Vestida assim desonestamente para desconstrução Da moral, da politica, burlar as leis, a fé pública Matar de exclusão, de desfavorecimento, De inanição dos direitos….
Por fim, impregnada de egoismo Exausta, mas, não arrependida Insaciável até a autodestruição Visto-me da elegante Urna Fúnebre Repleta de imaginárias gavetas.
Lufague
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