
COMO A DUREZA DO TEMPO
Data 05/04/2015 01:39:46 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| COMO A DUREZA DO TEMPO
Granito bruto a cintilar o brilho do teu corpo E da pedra dura e bruta brota e nasce teu amor ; A quilha do meu peito corta teu gelo e tua dureza.
Ondas de loucuras rangem meus olhos secos e doídos E me sangram e me calam e me amam e me procuram e me falam. Quebra-te em diamante tropical alado e alagado no meu peito.
E abra-te fantasia minha, em loucos sonhos que abraçam o mar, Que nunca irão se acabar, como teu meu-amor, como distâncias antigas; Rugas que nos rasgam o rosto e nos afundam no tempo, dentro de te, nós. Deita-te em mim, mar azul, minha mulher, minha vida, sem vergonha de amar; Pulsa como raios pulsam os enganos e os sonhos reais pulsam oceanos, E me sangram e me calam e me amam e me procuram e me falam.
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