CÃIBRAS

Data 06/04/2015 10:13:00 | Tópico: Sonetos

CÃIBRAS

De repente estirou a sua perna
E era todo o corpo indo para o fundo...
Desceu, debaixo d'água, até um mundo
Oculto em solidão silente e eterna.

Por minutos, alheio a voz externa,
Não ouvia outro som senão o oriundo
De dentro de seu ser, onde o eu profundo
Com todos os seus vários eus se alterna.

Malgrado doesse forte e se afogasse,
Sentia ele uma ausência inexplicável
Ante a urgência que logo se salvasse.

Pois, era aquela paz inabalável
Capaz de contrapor toda sandice
Que experiencia ao vir à superfície.

Betim - 23 11 2014



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=290697