Impelido pela voz e pelo cheiro
Data 07/04/2015 05:47:06 | Tópico: Prosas Poéticas
| Ser impelido a profanar um sonho bom No discernimento de uma ocasião qualquer Algo que está além do fogo e no profundo mar Foi ao altar e matou a prenda
Em desejos sórdidos está perdido e ainda se encontrará Em Lamentos imundos que costumam ser seu lar Em vozes ganidas e sofridas cujas gargantas penam ao falar
Que mais tarde, depois de apagar os pesadelos Vinha e tomando cuidado, cortava quem não tem compasso Sem mentir e nem pestanejar, de longe e pelo olhar Sempre tendo nas mãos uma tira de cetim que um dia a pertenceu
Com joias brutas e lapidadas palavras em sua boca Com Mentiras e Perfumes que abriam um mundo de sensações Com Desgostos e azedumes de fazer inveja ao Pântano podre
Queres mesmo praticar tais volúpias sem nem mesmo perguntar-me se pode tais delitos contra mim? Pois se sim, abre um buraco em meu peito com está faca que tens na boca Mas se não, arrepende-te de tuas transgressões e volta aos meus braços naquele cauteloso abraço, como se fossemos dois entes que já não se querem mais por ser frios como a noite! E se ainda assim, tiveres dúvida de meus encalços, aprenda que em sua miséria, eu submergi para a glória dos alienados, e na sua escória, eu me fartei de teus demônios como um tolo que cozinha os seus pecados em uma frigideira quente!
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