(Oiça o poema recitado pelo próprio autor, tendo como pano de fundo a balada de Coimbra "Amor de Estudante" interpretada pelo inesquecível Zeca Afonso)
Dizem que amor de estudante, Não dura mais que uma hora; Ai o meu é tão velhinho, E ainda se não foi embora!
- Passagem de um belo “Fado de Coimbra“ -
Os Nossos Breves Encontros
Ah! Como eram belos os nossos breves encontros! Eram de tão curta duração, Mas tão belos, tão ternos, Que para mim era como se fossem eternos, Eternizando a nossa paixão;
Nesses momentos de infinda magia, O mundo era todo meu, Tu eras tudo o que eu via, Eu era todo só teu;
O tempo então para mim parava, E eu perdia a noção do passado e do futuro; Todo o meu mundo naquele instante se condensava, Formando à nossa volta um impenetrável muro;
Então... só tu grande e bela, Muito bela e doce...
Apesar de nunca nos termos tocado, Era como se os nossos corpos se entrelaçassem;
Apesar de nunca nos termos beijado, Era como se os nossos lábios se entrechocassem;
Apesar de nunca termos falado de amor, Era como se de amor os nossos corações se inflamassem;
A tua voz era um bálsamo para os meus tormentos, Era a música que a minha alma trinava; E era naqueles breves, divinos momentos, Que à nossa volta tudo se diluía... tudo se finava...
Então... só tu grande e bela Muito bela e doce...
Ah! Como eram belos os nossos breves encontros!
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