
Respira este Barco Esquecido pelo Cais
Data 09/04/2015 17:49:33 | Tópico: Poemas
| Sou um flutuante sem bússola navego nas águas do tempo, dentro do peito carrego a foz do teu rosto. Brisas brancas queimam o hálito da noite concebem o vento que circula como uma osmose frágil nos pulmões do meu oval horizonte. Na inquietante e dilatada latitude procuro a esfera da tua substância essa atmosfera ardente que repousa na correnteza do meu sangue. Nos confins das intactas e vivas palavras treme o paladar da minha imagem, numa funda cavidade do silêncio fluvial pulsa este corpo aberto. No muro flexível do outro lado de mim respira este barco esquecido pelo cais inundado da matéria latejante dos bosques.
Índio
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