Se a morte aceitasse oferenda de troca

Data 10/04/2015 22:46:48 | Tópico: Poemas

Se à morte eu pudesse declinar
Desviá-la-ia dos rebentos da humanidade
Obrigados a partir de tenra idade
Pra jamais voltarem ao lar

Se à morte eu pudesse encaminhar
Reencaminhá-la-ia longe dos jardins
Onde crianças brincam de patins
Pra que um dia na vida saibam amar

Se à morte eu pudesse falar
Pedi-la-ia que, as crianças, não levasse
Pra que os malvados à face da terra varresse

Se a morte aceitasse oferenda de troca
Dá-la-ia as trevas e intempéries do Alasca
Pra qu’as crianças vivam livres do passamento

Adelino Gomes-nhaca



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