DESAPARECIDA

Data 12/04/2015 18:51:05 | Tópico: Sonetos

DESAPARECIDA

Mas súbito eu me viro e não a vejo...
Partiu ou somente saiu de perto?
Busquei tanto, entre audaz e boquiaberto,
Que sequer dissimulo outro bocejo.

Sim, já me canso até do que desejo
E me quedou oculto sob o incerto:
Atrás de cada porta que hei aberto,
Ignoro se aproveito ou não o ensejo.

Giro outra vez a roda da fortuna,
Aguardando que o fado afinal se una
Às insensatas vozes da esperança.

Tudo isso muito pouco me conforta
Se, inadvertidamente, ela abre a porta
E sorri sem nenhuma desconfiança.

Contagem - 06 04 2015



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=291147