Admirável Mundo Velho

Data 16/04/2015 20:10:44 | Tópico: Poemas

Um tiro do nada: A bala! A bala! Abala
Um corpo que, ferido, cai no meio da multidão.
Um líquido vermelho finge pintar o chão
Um último suspiro suspende a fala... e cala.

Saem em disparada as pessoas pelas calçadas.
Sirenes ambulatórias e policiais poluem o ar.
Uma mulher sobre o corpo morto fica a gritar
Enquanto as outras pessoas fogem desesperadas.

Com apenas dez horas de atraso chega um rabecão.
A polícia técnica, cética, fria, despe o pálido cadáver.
Aproveitando da situação, fica por ali um velho cão,
Lambe o sangue, reconhece o dono e late, late... Late!



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