DA IGNORÂNCIA! UM LATIFÚNDIO.

Data 25/04/2015 13:05:11 | Tópico: Poemas


“Não tente me invadir pela rede de esgoto, a minha entrada principal vos será menos mal cheirosa, e costuma ser receptiva”.
MJ.

Sonhei com as tuas entranhas, cheguei a sentir o teu hálito,
Mas vomitastes teus rompantes, fizeste de mim um descarte,
Desfazendo o que fostes antes, como fosse um elefante,
Pisoteando a um carrapato, precisei manter o recato,
E segurar minha compostura, tu fostes à pior criatura,
A quem servi no meu prato.
Mas a vida é água e fogo, e cada um tem seu papel,
O fogo aquece nosso frio, a água nos lava o fel,
Alem de matar-nos a sede, são os mistérios do céu,
E cada um vai aprendendo, conforme vai padecendo,
Como adequar-se ao seu papel, depois de penar bastante,
Dar amor sem receber, ser condenada a sofrer, por conta de um menestrel,
Que te fazia lindas poesias, mas eram falsas as alegrias,
Que vinham do impostor, que dizia te amar, mas vivia a te castrar
Das relações com o mundo, um ciúme doentio de um tremendo imbecil,
Da ignorância! um latifúndio.


Enviado por Miguel Jacó em 25/04/2015
Código do texto: T5219653
Classificação de conteúdo: seguro

Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=291920