A felicidade é essencialmente íntima
É invisível aos olhos dos outros
Certamente diferente porque é original
Está intrínseca em cada subjetividade

A minha felicidade! Eu a encontro:
Na mais pura emoção de um verso
No crepúsculo das manhãs de domingo
No silêncio consentido do despertador

Ao ouvir meu filho assoviando...
Em cada nota musical que me eleva
Na oração que me desapoquenta
Numa morna xícara de café com leite

Na essência da suavidade dos carinhos
No arrebatamento cúmplice das carícias
Em uma gota de Phebo sobre a pele

Na alternância de um banho morno/frio
Na cheirosa maciez da toalha que me seca
Na generosidade do lençol que me aquece,
Ao sono profundo que me restaura o ânimo

[Tão rica minha felicidade, dentre tantas outras coisas]

(...)

Por fim, a encontro na serenidade dos pensamentos
No entusiasmo que empresto ao próximo momento
No fio de vida que teço e floreio, a cada novo instante.

Lufague