A Ternura Do Sangue
Data 03/05/2015 20:11:12 | Tópico: Poemas
| Na foz do teu corpo brando de seda, de açucenas brancas libertei o grito nutrido de água, sangue, amor,… dor!
Na foz do teu corpo nascente, parti.
Resplandeces ainda devoção, pelo jardim suspenso na ilusão, sorrisos teus Mãe num botão de rosa, a rodopiar segredos de outrora gerados na berma do teu ventre de essência.
E, nas mãos da evasão, ergo teu rosto de prata, reflexo deste trémulo anoitecer em que te olho e regresso, desvendo e prendo, meu sangue, minha dádiva de candura… …e, ouço ainda tua voz de cristal, lá longe, tão longe Mãe, a embalar meu sono na ternura das colinas.
© Célia Moura, in “Jardins Do Exílio”
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