Oito meses... num relânpago sentidos como eternos suturados no meu âmago naufrago deste Inferno.
O silêncio aterrador, o teu rosto, desertor e a minha cegueira de ti exponênciam-me esta dor, tão surreal como a obra de Dali Tentei cortar este tumor mas não há bisturi que corte esta dor, em que me dilui e fundi!
De ti tive notícias enfim e meu coração espatifou-se ao ouvir uma parte apagada de mim e deixar-me na alma um sabor agridoce
Porque o teu futuro distanciar-te-a inteira; No espaço, no tempo e no sentimento, sem piedade...! Mas cada centelha tua é no meu peito uma oliveira que sobriverá Séculos, pela eternidade.
Não condeno quem queira prazeres da vida terrena apesar de ser como ir ao cinema, fazendo-nos crer que a vida é outra "cena" mas, na verdade é como na palavra, um isolado morfema.
Por isso meu amor,desejo que tudo consigas: Que ames quem te ame mais do que eu que o resto da tua vida não seja meras cantigas mas sim poesia, cantada em pleno apogeu.
Não ouvirás nunca este meu choro, não saberás nunca deste meu desejo nem que serás sempre o meu namoro ou que nenhum outro amor eu almejo
Não sou dono de nada nem da minha palavra ainda que desconhecida Não o que aos deuses lhes agrada mas, para mim, meu amor, és toda a minha vida!