converso com o tempo estando ele nascendo ou morrendo comigo dentro.
vindas de fora há vozes que rompem a membrana e me tomam de assalto confirmando que substâncias externas mais ferem do que amaciam sentidos à flor da sobrevivência.
tudo ressalta, desde a inocência do que não me foi percebido até a experiência do que foi consumido. ilho o que amarga, mas o que fica toma sempre sabor de saudade...
até o devaneio inconsumível se torna banquete de lembranças e quando tudo paira no ar a ponto de ser dissipado, surges intempestivo e pirotecnia minhas íris... assim é a felicidade; explosão de luzes coloridas abrindo surpresa nos lábios, simplesmente porque percebo que o amor também conversou com um quarto desse tempo...