Sem título

Data 11/05/2015 22:33:27 | Tópico: Poemas


converso com o tempo estando ele
nascendo ou morrendo
comigo dentro.

vindas de fora
há vozes que rompem
a membrana e me tomam
de assalto confirmando
que substâncias externas
mais ferem do que amaciam
sentidos à flor da sobrevivência.

tudo ressalta,
desde a inocência
do que não me foi percebido
até a experiência do que foi consumido. ilho o que amarga,
mas o que fica toma sempre sabor
de saudade...

até o devaneio inconsumível
se torna banquete de lembranças
e quando tudo paira no ar
a ponto de ser dissipado,
surges intempestivo e pirotecnia
minhas íris... assim é a felicidade;
explosão de luzes coloridas
abrindo surpresa nos lábios, simplesmente porque percebo
que o amor também conversou
com um quarto desse tempo...










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