•••(III)

Data 21/05/2015 05:35:47 | Tópico: Poemas

Poemas sem título digo-te que tentei que procurei a intensidade mais simples e as mãos não pararam de sangrar alucinações porque a beleza das coisas sempre foi tua.
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confluem nascentes e êxtases pelo burburinho rastro
dos ventos ainda fortes em tempos algures desapaixonados

olvidados

portas que se fecham e trancam
loucuras que quase consigo tocar
quiçá como os aloés na margem de uma estrada lisa

um braço de mar silencioso breve
e invisível. Gestos que pouco insinuam


calmos
adormecidos sem queixumes
sem as grandes vagas frias e dispersas. Não tem título

ou nome o páramo que me anuncias
com a chegada do deslumbramento
nem o poiso no ramo de oliveira em ilha solitária
vogando mar aberto indefinida
deslocalizada
pária. Resistem os cânticos da sibila

os cirros constantes das tuas orquídeas esvoaçando
a eternidade desconhecida aqui
as palavras que desvariam em braçadas contínuas

és a minha obscenidade livre

sempre longe
habitas-me como todos os momentos que vivi longe do mar.

Grito único.


(Ricardo Pocinho)





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