Era-lhe o silêncio as asas para as lonjuras ao seu olhar na inquietação voejava abismos fictícios ensimesmada, divagante tamanha a vontade de migrar...
de sorte ninguém a acompanhava porque ousava metamorfosear-se em cada entardecer entardecente se fazia pra se comprazer...
percorria pérvios caminhos e o caminho era ela mesma densa e virginal esgueirava-se pela barranqueira molhava os pés na correnteza e se fazia rio estuante que era transbordava a cada vendaval...
ao abraçar as planicies a vida lhes emprestava e pra searas matinais renascia renascida se fazia semente para germinar outra vez seu ponto de partida...