ABAIXO DE ZERO

Data 26/05/2015 00:10:54 | Tópico: Poemas

agora que maio me insulta
um pouco mais,
arrasto meus répteis,
vomito sinônimos,
sou mais nobre
em minha insignificância.

quando olho ao redor,
sinto menos, penso mais,
observo as veias negras
do dia desfazendo sentidos.
e isso é mais uma
das minhas verdades
abaixo de zero.

de certo há algo
que esqueci lá trás
porque precisei.
não consigo carregar
tantas coisas pequenas
em minhas mãos fechadas.
é obsceno viver
de docilidades.

e agora,
logo agora
contemplo as transparências
do branco,
vendo
apenas plutão congelando
dentro de mim.

karla bardanza







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