Orgulho e Vaidade

Data 27/05/2015 18:30:24 | Tópico: Sonetos











Orgulho e Vaidade

Recua ante o orgulho que te exalta o lume,
Cessa a vaidade tola neste mundo
Onde as mazelas de ser infecundo
Já corroeram-te o inexpressivo cume.

Deserta das fileiras – e te assume,
Deste lôbrego ócio tão profundo...
Volta, Mas abandona o lodo imundo
Que te serve por vagas de perfume.

O tempo não te espera desta alcova
E exige imperativo que se mova
À humilde condição de ser homem,

Outro César que a vida retempera!
E grita na lápide, vocifera...
Qual relegado aos vermes que lhe comem.


Álvaro Silva



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=293559