Dissipação

Data 30/05/2015 00:31:30 | Tópico: Poemas

Uma pena, uma pluma cai na rua,
O vento a sopra suave e roça à pele
Do moleque, depois da mulher nua
Que pega sol na praça da pobre plebe.

Uma gota queda, rota, pela sacada,
Rola pela escada e chega à calçada
Onde um transeunte distraído pisa,
A gota espirra e, pelo espaço, se dissipa.

Uma folha seca e morta chega à porta
Da casa daquela senhora que só mora
Naquela casa mal-acabada de esquina
Que foi encontrada amordaçada e morta...

Um minuto para um poema de uma hora
Uma hora para um poema de mais um dia
Enfim, assim termina toda nossa poesia
Como terminou a vida daquela senhora....




Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=293681