
Nas teias do tempo
Data 30/05/2015 09:12:21 | Tópico: Prosas Poéticas
| Expressiva caminha minha poesia encarcerada nas teias do tempo redigida com adrenalina escorrendo sem malabarismos que a vida enfeita cada dia – Ausentei-me hoje lastimando nossas ausências que espreitam derradeiras na peugada dos abraços que me espoliaste em tempos surdos renovados continuamente até que sinta de novo emergida em ti nossa expectante universalidade escrita fielmente em gomos de poesia de uma vida jamais coagida nas teias do tempo, que hoje me desperta em refrigérios efusivos de alegria fragrante embebedando-me devagarinho redimindo-nos revigorados, delirantes – Os atos de amor serão sempre vislumbrados num beijo implícito onde nos lambuzamos quase homicidas tentadoramente premiados pela razão quase insâna, subvertida – Ser poeta é espontaneamente dar o endereço da morada à loucura fazer do tempo uma doença sem prognóstico ser a nossa pátria sem bandeira onde aplacamos nossas disputas estóicas, atrevidas bebendo o suco perfumado onde geramos toda a vida indomável,revelando-nos sem mais contra
partidas – Nos enrredos cronometrados na rasura de um poema quase perfeito descarto a sílaba súbita onde te ofereço na penumbra do tempo magistral meu repouso, fiel confinado ao teu perfil explêndido, propagando-me na radiante e balsâmica manhã onde disperso meus versos tão banais esquecidos nos ventos perpetuados compulsivamente nas teias
do tempo FC
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