••• 11 de junho de um ano qualquer [regressa ...]

Data 11/06/2015 05:48:39 | Tópico: Poemas

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não sei se o poema se quer curto como o meio-dia
desarrumado
ou longo
durando uma semana inteira e completa

mesmo que pouco me sirva junto às águas salgadas

não sei
mas saberei sempre que o mundo é pequeno
o seu centro
é abrupto e absurdo. Vejo-te numa hora

que não esta
os teus dedos inexplicáveis tateiam a minha pele
lugar deserto
enquanto algumas distâncias
sucumbem sós ao arrepio restrito da noite

porque o ouro das nêsperas
atmosférico por vezes

toca os lábios secos
meio dentro
meio fora da boca. E o tempo já desequilibrado

onde se fixam as imagens
a cadência arrítmica dos passos ao derredor
o olhar ansioso da chegada
faz com que os corpos se entrecruzem então

escondendo a neblina
regozijando-se
sossegando-se
silenciando-se

só porque a morte está ocupada
indefinida
intrínseca
no sítio onde dormem as almas.

Regressa.


(Ricardo Pocinho)





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