A QUADRATURA

Data 02/09/2015 15:31:44 | Tópico: Sonetos

A QUADRATURA

Rodo o compasso d’onde algo redondo
Corre para uma igual área em quadrado,
No entanto, jamais houve quem tentado
Lograsse a imagem que ao papel eu sondo.

Ao que, infinitas retas vão compondo
A curva que hábil régua tem traçado:
Polígono do mais ínfimo lado
Feito dança de abelha ou marimbondo.

Conta-se que a conta é o transcendente
Número que infinitas vezes Deus,
Por infinito, pode haver-se à mente.

E o que haverá nos sós pensares seus,
Onde as abelhas saem pela tangente,
Mas os números vêm aos sonhos meus? ...

Belo Horizonte – 04 03 2014


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=294349