••• 25 de junho de um ano qualquer [sempre tão por perto…]

Data 25/06/2015 05:54:46 | Tópico: Poemas

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desassossegas-me ao mesmo tempo que me habitas
como as margens o mar

habituaste-me assim junto às águas salgadas
onde dormem os sossegos
e as outras almas. Elementos ar fogo
génese

talvez me seja a breve longínqua membrana
luz
alvoraçada pelo remoinho constante
ritmado
daquelas viagens sempre repetidas
por mim ou
por quem as esparza frementes
ou satisfaça [sei lá]

em regozijo deste horizonte despojado das crinas das ondas
livres. Existirão os sargaços
as nascentes
as aves repentinas
os êxtases
as papoulas rodopiando
sempre tão por perto.
¿ Sentes-me enquanto o meu respirar se tenta aquietar num canto do mundo [sítio qualquer]?

O vento
hoje

uiva na minha boca
abruptamente

a tempestade.


(Ricardo Pocinho)




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