
Passageiro de mim
Data 01/07/2015 16:07:52 | Tópico: Prosas Poéticas
| Cansei de ver brigas,rotinas ódios, esquecimentos toda uma ditadura levada numa toada de palavras onde espelhamos os retalhos de vida alheios aos perdões por dizer aos fracassos por resolver – Morri quando deixei de ver aquele teu sorriso sempre pontual cheio de coíncidências fraternas lavando minha alma já farta deste tempo onde empobrece qualquer gomo de esperança que ainda sugo a esta poesia atrevida improvável que deixo flagrante em cada verso tão conciliador e inescrutável – Percorreremos cada miragem do tempo que nos foge insubmissos desfilando súbitos pela vida que acontece emboscada no ventre de tanta indigência fatigante ali onde por fim nos aventuramos pujantes descerrando as pálpebras ao dia afagando o silêncio andante em longas horas de reencontros breves em tantas eternidades possíveis infiltradas de afectos omissos – O ciclo deste presente fecha-se assim momentâneamente domesticado passageiro de mim onde seremos mesmo que inesperadamente o epicentro da felicidade assim aconteça cada verso sangrando de amor assim morra categórica uma vida por tantas vidas agendadas em sacrifício pelos nossos desencontros fortuitos velados num breve dia prostrado na montra deste destino arquitectado na vulnerabilidade predadora de uma fé orquestrada em duas almas que jazem infinitas…revigoradas, desabrochando cada dia mais conciliadoras FC
|
|