
O LOBO E O CORDEIRO.
Data 01/07/2015 23:25:33 | Tópico: Poemas
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A fábula é muito velha, mas os bichos, ainda existem! Todos a conhecem mas, admitindo algum leitor da "nossa" marca e, também, porque não tem nada de mal em não a conhecer, contaremos para esse, o que todos devem saber.
Foi assim:- Estava um manso cordeiro mitigando a sua sede na água límpida de um córrego que descia saltando e cantando pela encosta do monte, quando, também atraído pela voz cristalina do líquido da vida, aparece, mais acima, um lobo bebendo e se lambendo. Após algumas bestiais goladas, o feroz animal, seguindo com o olhar o escorregar da água, viu (Ó sorte bandida!) o pobre cordeiro, incauto e feliz. Descoberta a sua inocente vítima, logo o lobo entrou com a sua conversa de malandro: -quer dizer que não há mais respeito, não é verdade? - Você, aí, largando toda essa babeira na água que eu vou beber, hein?!... Ao ouvir a voz peçonhenta do maior inimigo da sua raça (exceptuando o homem, claro!) o infeliz tentou defender-se, explicando: - Eu não, senhor Lobo. Veja que a água corre de si para mim! A resposta acertada, alertou o assassino: - Ah, agora te estou conhecendo! Tu és aquele sem-vergonha que no ano passado me fez algumas e boas! E foi-se preparando para atacar. - Também não pode ser, senhor Lobo, porque eu só tenho cinco meses de idade! E também ele se preparou para fugir. - Então, se não foste tu foi o teu pai! Disse o lobo lançando-se em perseguição do infeliz e esfarrapando-o, num abrir e fechar de olhos.
Fim trágico, não é? Pois é...!
Há Nações de Lobos e Nações de Cordeiros! Umas e outras, são como os animais da fábula. O pior é que os Lobos estão ficando raposeiros e, bonzinhos e paternais, estão convencendo os Cordeiros que somos todos iguais. E, muito Cordeiro até já se julga filhote de Lobo. Coitado! Desconhece que é com papas e bolos que se enganam os tolos! Nem o pontiagudo dos caninos, do novo "amigo", lhe recorda que aquele dentinho é para triturar carne e não para mastigar ervas.
- Vai, vai, que Deus te leve em bem à ovelha da tua mãe!!
J. Barreto.
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