POÉTICA À NOITE

Data 14/02/2008 22:42:59 | Tópico: Sonetos

Vem céu! Romper meu pranto, véu castrado...
À noite, nuvem frígida queixosa
Não tem os pés vagando co’ as rosas
Mas, um poente hóspede malvado!

Que brilho tão ingrato, que vomita!
Ó noite, vem acesa, lar gigante!
Verter gemido, fel alucinante
Crente q’o coração feliz palpita...

Sonhar que por esguia madrugada
Vai branda luz, raiar tão cintilada!
Em bela merencória, viva flor...

Pudica, lira mansa desejava
O manto, fino orvalho que brotava
Do fundo d’alma, sol em esplendor!





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