
Palavras no infinito
Data 08/07/2015 20:39:22 | Tópico: Prosas Poéticas
| Reparti em dois quaisquer beijos que inflingiste neste ser imperfeito de mim Engalfinhei-me em ti navegando todo teu quotidiano ao sabor dos ventos saboreando-te meio avessa inteira, toda táctil impossibilitando-me qualquer fuga - Urgente era simplesmente gestualizar cada silêncio escondido nas nossas memórias Seria até imparcial rompendo toda a ética descrita na ementa das nossas solidões sem trajectória E por fim chega a noite extinguindo a luz quase irrisória onde nos degustamos esfaimados quase rogatórios aos instintos dizimados neste meu derradeiro ultimato - Cuida-te meu anseio reanima meu açaimado cântico silenciado entre os vãos impacientes da minha poesia mercenária e tão breve como a essência perfumada onde te bebo quase imperceptível na histeria do tempo fugitivo inútil e tão vagamente perdulário - Bebendo na luz das estrelas seguirei viagem cruzando tua rota sem mais encruzilhadas circunscritas no véu dos amores Serei o passageiro reanimado orquestrando-te cada som comedido nesta jornada poética rugindo sem mais temores ateando linhas rectas à geometria onde promulgamos a lei da vida em palavras inscritas no infinito refrão desta poesia faminta derradeira - O Tempo que resta dissolve-se escorado entre precipícios que investem pelas entranhas da Terra grata exactora, prolífera redesenhada em monumentos de amor e indulgência onde revoguei tua súbtil presença, meu obstinado silêncio a cada teu pranto engolido na fome que me mata a todo o momento comungado...explícito FC
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