Uma arvore não deixa de ser poesia no outono depois de tantas folhas escritas na primavera …

Data 11/07/2015 20:05:27 | Tópico: Poemas





Falseei o tempo que fazia nos meus olhos
Mas não o sentimento…
Entornado…
Quando chegavas,
Embelezando as palavras
Feito sol nas madrugadas…
Feito arco na íris
No silêncio nublado
Das lágrimas …

Acabei por abandonar a fé de um abraço,
Mas não o coração entrelaçado de saudade
Que sangra a esperança de voltar
A ser amor
Nos rodapés dos teus lábios …
Na curva cega dos teus ombros…
No espaços entre abertos do teu dorso…
No colo uterino do teu gosto …

Sei que tornei-me lago infértil debaixo do teu barco, quando prometi ser maré...ondulando o azul mais raro… na busca intacta do teu âmago, soprado em cada gesto gentil de afecto…

Hoje… depois do volume doce das promessas expiradas, do açúcar emagrecido na ilusão, sobrou um coração inquieto que te ama, agora que voltaste a ser sonho soberano ….









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