CHEIRO DE LUZ

Data 14/07/2015 17:38:38 | Tópico: Sonetos

Enxergo o rufar dos tambores refletindo
a luz nas trevas claras da imensidão curva
do universo. Seguro firme na luz turva
que surge descolorada, só; desatino.

Sinto o cheiro das flores da floresta, vindo
trôpego, inodoro de lógica, contracurva
da tangente sinuosa, onde raízes, turba
infame, matam seus frutos. Vil destino.

Colho frutos disformes, bem sincronizados
com a sinfonia macabra, pobre, arranjos
distantes da partitura, incivilizados.

Acalmo-me, invade-me o acalanto, arcabuz
voltado para o inimigo, exército de anjos
destruindo o mau. Saboreio o cheiro de Luz.


GOSTO MUITO DO ESTILO LITERÁRIO SIMBOLISMO, NESTE SONETO RETRATO AS AGRURAS DO COTIDIANO, ONDE, INCLUSIVE, PAIS MATAM SEUS FILHOS.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=296326