Ode a uma Valquíria
Data 18/07/2015 11:53:59 | Tópico: Poemas -> Surrealistas
| Ode a uma Valquíria Das estepes, bela senhora, minha donzela benfazeja, ferina amazona de outrora, ao Mal, em eterna peleja.
Cavalgas, nua, em tropel, De alma nobre, espírito forte, Sobre o dorso de um corcel, Branco, como a neve do norte.
Ruges gritos que aterram, Demónios soltos, perdidos, Os que, malditos, encerram Raivas, ódios, em gemidos.
E nesta luta do Mal e Bem, De corpo tangido de dor, Tua vontade voa mais além, almejando sereno amor.
Que te envolva no ritual, De união de corpos amantes, Te expurgue orgasmos de sal, Doces beijos e ais triunfantes.
Assim seja! Este teu amante, Águas, sobre ti derrame, Te banhe com mão errante, Te perfume e te balsame.
Purificada do infame, Sangue derramado de breu, Urge, no leito, que te ame, Senhora, amada, amor meu… Lisboa, 18/07/2015.
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