
••• mês inexistente de um ano não tão longe assim [gritos que não definem a distância …]
Data 24/07/2015 05:32:34 | Tópico: Poemas
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tem vezes que me incomodam o tempo e o espaço a morte por perto
os anjos travestidos numa viela imunda em cais estranho. De
atalaia a ventos e às marés extremas minha mão sangra segurando o que não vejo [ou não quero ver] e
tu sempre constante medindo o mundo os lugares vividos pela intensidade onde confluem nascentes enquanto raios fuzilam noites e dias como em tantas outras vezes. Amiúde
apagam-se segredos ou exílios forçados repetindo inícios as alucinações febris em algum promontório mal iluminado incandescente
a vaga que incha e desaba
mas a sofreguidão por perto os desejos incendeiam o lugar provisório onde se guardam restos do êxtase. Faz-se tarde
a desordem assume o regozijo agora deserto como se tudo não passasse de desassossegos repetidos mas que se redefinem. A água desce as escadas
ornamenta o arroubo onde os dedos pousam
pele eriçada murmúrios exíguos gritos que não definem distâncias…
as longitudes despedem-se de vez despem-se.
(Ricardo Pocinho)
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