Da Vida Humilhada

Data 26/07/2015 05:16:28 | Tópico: Poemas -> Sociais

Pela madrugada adentro procuras o sono
mas o medo lhe domina e lhe causa alerta
as ruas são território hostil e cheio de malícia
teima em teus pensamentos o alvorescer desconhecido.

Todos os caminhos são o reflexo da tua sem graça vivência,
e ao tempo tu questiona por onde vai se tal vida?
e a resposta lhe já esta pronta,
a vadiar pelos asfaltos frios e mórbidos
tu sabes, são apenas estradas de moribundos.

E quão é despercebida que nem ao menos sabes quem é,
a tua pobre vida te reprime
na espera dos dias melhores.

Ao dia que arde, busca sombra e à fresca,
a noite que assombra e tu que se encolhe do frio 
e se esconde na coberta açoitada pelas calçadas.

Em um novo despertar levanta o corpo tão constrito
e na rotina que se segue, num vazio de esperança,
aventura se  aos recantos  cinzentos da Metrópole.

Aos teus olhos nada é  aprazível
das coisas passadas tu não pertences mais,
das coisas vindouras só teu coração acredita
mas a razão, essa fulmina o vosso entendimento
assim como raios lançados do céu. 

Não ti importas, não mais !
O espelho deformado reflete teu  filme barato
cada um carrega seu destino, assim tu acreditas.

Não julguemos a situação sem conhecimento de causa
pois as vestes puídas pelo chão áspero
os olhares sofridos de uma gente que vive por ai
sem saber o que encontrar, ou o que buscar
além de mais um dia nesta vida.


( Trechos de Mim)


Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=296874