
Prelúdio em ti
Data 29/07/2015 21:13:53 | Tópico: Prosas Poéticas
| Ando só pelas tuas ruas desertas sustendo-me frágil na mesma voz que me acalenta de iguarias adocicadas de amor quando pernoitas lúcida encastrada entre meus sonhos vagos despindo o corpo ao luar pranteando porque me deixas atordoado pelo súbito devaneio em correrias e desejos todo eu me atropelo desconcertado ao tom breve de um sorriso que de ti até ao fim dos dias ainda sei quero e pelejo – Recai pela tarde fora teu ar fresco envergonhando tudo ao redor até mesmo aquele sol escaldante que amadurece o dorso de cada raio belo pendendo do teu corpo onde mergulho a luz misericordiosa, atónita, imprudentemente louca inebriadamente apocalíptica – Somente sinto aquela mesma força que me sustém e eleva em teus prelúdios até aos etéreos céus onde por fim descanso farto impregnado de sonhos circunstanciais o mesmo chão onde atapetamos o ululante canto de amor transbordando em madeixas pelo suave toque do teu sincopado coração – Amanhã sairei pelo mundo semeando tantos apelos à razão Viverei em cada resquício de tempo todo o tempo do mundo preparando-te Setembro agasalhando a vida que sobra em vestígios sortidos de alegria dissimulada em cada silêncio que chora jubilante num pandemónio onde recrio toda a sublimação da vida que renasce na cumplicidade assídua tão cordial – A nossa felicidade será saboreada por fim…até à euforia quando coexistirmos mais essenciais numa dialética embriagante tão crucial desparafusando de vez esta poesia festiva engalanada de amor dia-adia, em serenatas de afetos deglutidos num trago de vida quase celestial FC
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