Versejos de Saudade

Data 09/08/2015 06:02:53 | Tópico: Sonetos

Versejos de Saudade

O sol se encoberta; que me mostra
senão dúvida da beleza fútil?
Ou se fecha minha alma como ostra
nesse desejo e se faz tão inútil?

Que desamores me estão guardados
às paixões que me atormentam sem dó?
Que pergaminhos tenho eu rasgados
das memórias lançadas ao pó?

Aqui me vêem, só à beira-mar,
versejar na neblina fugidia
rimas raiando a vil insanidade.

Aqui tento conjugar ser e amar
indiferente à noite e ao dia,
mas trôpego pelo frio da saudade.

Lisboa, 08/08/2015.



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