A LABAREDA

Data 15/08/2015 02:16:02 | Tópico: Sonetos

A LABAREDA

Ornam-lhe o rosto dois rubros rubis,
Estendendo-se em luz de orelha a orelha.
Súbito a pele toda se avermelha
N’um afogueado vívido e feliz.

A alcunha “Labareda” lhe condiz
Como se as róseas chamas d’uma centelha
No olhar enamorado que, de esguelha,
Eu dissimulo em tímidos ardis.

Achegar-me é sentir a calentura
Do contacto febril de sua pele,
Cujo toque qual brasas me tortura.

Mas, quanto mais me queima, mais me impele...
Resta-me acarinhá-la com ternura;
Cuidar que seu ardor nunca enregele.

Betim - 12 09 2014



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