À sombra da amendoeira

Data 19/08/2015 15:06:25 | Tópico: Prosas Poéticas

À sombra da amendoeira, no trilho
Os pés imundos e frios calam
A voz que era para ser ávida
E se torna uma coisa assim, tão nítida
O elo, tão belo, se rompe
Ao engatinhar do trem que já vem vindo
E todas as coisas aspiram a ser
No instante em que a vida revela
Ela mesma, no vidro da janela (do trem)
No berço da morte, o ciclo definha
Saída não tinha
Bebida também não
E, no trilho de ferro, uma trilha vermelha se vê
À sombra da amendoeira
Ao sopro da brisa do leste
Uma flor amarela nasceu




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