A NINFA - soneto segundo

Data 20/08/2015 08:57:48 | Tópico: Sonetos

A NINFA - soneto segundo

Ainda que o amor seja algo que exista,
N’algum vago recôndito da gente.
E não aquilo que ela, ardentemente,
Busca na noite só, fazendo pista...

Querendo desde a vã primeira vista
Se entregar sem que nada lhe acrescente,
Tem a exacta medida do que sente
De dor e prazer, n’uma impressão mista.

Deitamo-nos cansados. Sós enfim!
Estapeia minha cara de desejo
Enquanto me dá a outra face ao beijo.

Nada há para ela aqui. Nem para mim.
Não se aproxima mais, se amor à vista:
Por difícil e raro, sempre dista...

............................................



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=298043