Onça de Veludos e Turcos

Data 27/08/2015 05:49:13 | Tópico: Poemas

Há amigos do peito que se tornam da onda, e vão-se num adeus ausente que faz deles amigos da onça. Onças de veludos e turcos, dos que prendem turbantes em cabeças ocas ou complexamente vazias, que violam mulheres sós e abandonadas, porque já haviam sido desonradas antes, ou que lhes colocam e às filhas coletes de explosivos prestes a rebentar na cara de quem odeiam. Destes amigos e inimigos é feito o meu mundo onde também cabem os maluquinhos que apontam a matar e filmam em direto mortes de ex-colegas de trabalho, ou os adolescentes que procuram realizar os jogos de vídeo com Kalashnikov’s compradas nas feiras da Vandoma dos quintais dos iluminados do capitalismo, saindo a matar em infantários repletos de bem-estar e educar pago a peso de petróleo ou ouro. Depois há as histórias macabras de assassinatos e crimes hediondos que se editam para fazer render peixes que cheiram pior que sardinhas em lata fora de prazo, e servem a leitura dos trabalhadores no metro atulhado de abelhudos a espreitar o jornal por cima dos nossos ombros. Também as há macabras fabricadas com personagens de brincar, como artistas que criam os cenários de crimes com barbies e ken’s das vidas de quaisquer crianças felizes. Enfim um mundo do piorio que nenhum Deus se vanglorie de a ele estar atento, porque ou é cego ou não tem arte, ou não ocorreriam os atentados que ocorrem diariamente por ele fora. Assim que me entristece profundamente e deprimo com o que a humanidade tem estado a fazer do mundo e não vejo luz ao fundo do túnel apenas um agravar e adensar de maus sentimentos e más atitudes que me faz desacreditar que algum dia possamos cair no buraco do pais das maravilhas, que possa tornar coelhos em mágicos bons que multiplicam a riqueza e bem-estar dos pobres e dos desprotegidos da sorte ou da herança indevida.


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