ANO NOVO

Data 14/10/2015 11:10:39 | Tópico: Sonetos

ANO NOVO

Após um outro amor, sem mais nem quê,
Meu coração parou de bater forte.
Amar tornou-se uma arte; amor, esporte .
A decepção venceu, como se vê...

Livre, mas só, saudei o ano: --Ananauê!
De tanto me seguir fiquei sem norte.
Sim, eu me perdi, mas a minha sorte
Foi ter o próprio amor como mercê.

Sinto muito... Queria que não tanto!...
Queria querer que ora um novo encanto
Fizesse eu me sentir melhor que antes.

Todavia, o que sinto é essa falta,
Que me leva, confuso, à ideia incauta
De que Janus tem faces expectantes.

Lagoa da Prata - 01 01 2011



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