
Recordações evanescentes da Casa Sagrada
Data 27/08/2015 18:29:35 | Tópico: Poemas
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Da Casa Sagrada, ao revés fulgiam réstias, derradeiro abrigo, sob a’miga sombra postada de áureo carvalho assim vetusto. Tranquilo o lugar, era pacífica a senda que conduzia um amigo nela Santuário encontrava, repousava-se alí sem nenhum susto.
Mais acolhedor qu’o castelo do Burgo, singelo teto de palha, contrasta ela com as altas montanhas que lhe fazem o fundo. Sem ameias, nem beiras, não ostentando sequer el’a cisalha, dissonante de nebulosos cumes, livre é d’abismo profundo.
Pôs-se o Sol há muito tempo, cumprindo a sina em movimento, então, mais uma Noite desceu ao abrigo das rajadas de vento, e quem diz lá que sempre haverá uma cadeira vazia não erra!
Casa Sagrada! Cinge a distância como as bordas d’horizonte, refúgio tranquilo, salvaguardas, para os sentimentos a ponte; de teu âmago brotam as fianças como se do útero da Terra.
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