A NINFA - soneto duodécimo

Data 30/08/2015 09:43:45 | Tópico: Sonetos

A NINFA - soneto duodécimo

Ela fala e eu a escuto, porque bela
E é tão bom de escutar ela falando!...
Eu chego a devassar, de quando em quando,
O seu olhar que d'alma é qual janela.

Eu fico olhando para dentro d'ela
Enquanto, atento, vou lhe escutando.
Percebo-a contar n'um tom mais brando
Das coisas que n’alcova se revela.

Às vezes, seu olhar uma fagulha
Solta que me atravessa inteiramente
E me faz suspirar à sua frente.

Do que outrem se envergonha, ela se orgulha!
Pois vê a vida -- metade já de nada --
Como mentira muito bem contada.



Este texto vem de Luso-Poemas
https://www.luso-poemas.net

Pode visualizá-lo seguindo este link:
https://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=298544