A NINFA - soneto tredécimo

Data 31/08/2015 09:14:28 | Tópico: Sonetos

A NINFA - soneto tredécimo

Como mentira muito bem contada,
Lhe escuto o arrazoado e lhe pondero,
Que metade de nada não é zero;
Que, só e simplesmente, nada é nada!

Mas ela me argumenta:--"Conta errada!
A vida, por vazia, no exagero
Tem a única grandeza que enumero
Cuja metade fora computada".

"É a quota de prazer que nós todos
Nos permitimos quando o corpo pede
Seja isso cio, sono, fome ou sede".

"Por isso me saciei de muitos modos
A despeito do fado e até da estrada"--
Diz quase tudo, mas é quase nada...

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