UMA QUESTÃO POÉTICA
Data 17/02/2008 21:44:12 | Tópico: Prosas Poéticas
| Sei bem o que me espera além do horizonte: um movimento sem asas,uma vela escorrendo, um candelabro aceso, a poeira das palavras... E seguirei retilínea, as linhas deste diário, que escrevo nas noites e dias...tirando a poeira da sala vazia. Comungo a hóstia do mundo, e sorvo o mel das palavras. Numa cadeira fria, de assento cor de jade, assento meu corpo e minha arte. Choro muitas vezes quando escrevo. Sabe, até já me chamaram de louca? Não me importo mais com os rótulos, falo sim, a sina do mundo: sem lenço, sem documento. Esse é o preço de ser poeta, e dos mais constantes. Sou amante das letras, confesso! Pago penitência se for preciso. Isso é questão de foro íntimo. Não que eu precise dizer o que faço: mas eu digo; faço amor com meu infinito!
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