
Por fim...a cura
Data 02/09/2015 13:21:08 | Tópico: Prosas Poéticas
| Dos males que a vida, por vezes impotente devora em meu corpo resta somente buscar na enfermidade do tempo a cura possível sem mais padecimentos nesta epidemia onde enfermo o corpo regurgita em cada segundo deprimidos risos escondidos numa célula que prolifera nesta química activa em excursões perniciosas e vagabundas qual sacrifício que se apressa numa esperança que vive silenciosa Até chegar por fim a cura na insanidade desta solidão onde pleito e me ressuscito cada dia administro-te as fracções de uma cura mais paciente usufruída gota a gota em intervalos de uma feroz convalescença que de amor desesperadamente toda a existência nos incita Não sei mais curar a solidão Não sei como revigorar a esperança Nem sei mais com veemência se nesta colectânea de poemas ainda irei resguardar o remédio santo quando o dia adoece incapaz ou se vislumbro na farmácia do amor o elixir onde sei posso e levito revigorando-me entre tuas explícitas revelações onde brota cada milagre derradeiro perfumando nosso céu em azuis infinitos no tempo que resta tão invicto Nem sei mais se são estas mágoas passageiras sobre os efeitos secundários ou o medo injectado nas veias ardendo recobrando depois em teu colo em delírios e excessos de vida pois o tempo a seu tempo…sorri, envenenando de vez a morte sem mais arrítmias ressuscitando-nos de vez a cura em cada acto de vida emanando do amor que é a nossa imensurável sutura FC
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