Ao final da senda rest’ um sonho d' Eternidade

Data 08/09/2015 18:59:20 | Tópico: Sonetos









Quão pesado aquele fardo como do calvário foi a cruz,
na memória indelével, a lenta e angustiante contagem.
Quisera não tivesse o Tempo, o passo d’ um andaluz;
mais fácil suportar o sofrer seria, fazer a Passagem.

Quando reminiscências restam como duros estrados,
as faceiras antigas visagens não abandonam a mente.
Foi fatal descuido palmilhar trâmites tergiversados,
por ciclos atado vividamente ao sentir tão gemente.

Par’ Almas, então haverá jamais ementa tão Sagrada,
sobre os idos tempos d’uma Juventude tão dourada,
era despreocupada, ali a messe do Espírito resoluto.

Resta da senda ao final, um sonho só, d’ Eternidade:
transcender, a Vida continuar como numa herdade,
ali sem compunções, jamais à Ela render o Tributo.
















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